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PASTORAIS

PASTORAIS E EVANGELIZAÇÃO


Na carta apostólica de Paulo VI, lemos que “conhecer os jovens é condição prévia para evangelizá-los. Não se pode amar e nem evangelizar a quem não se conhece” (EJ 10).
Para desenvolver, com os jovens, um processo de educação na fé, fortalecimento da cidadania e da consciência crítica, bem como despertar para o compromisso, é preciso compreender onde eles estão inseridos. O contexto socioeconômico e cultural influencia sua maneira de pensar e se comportar. É necessário ter consciência das diferenças e contrastes entre os diversos momentos históricos, o que também requer diferentes estratégias, metodologias e enfoques de trabalho.


Modernidade e pós-modernidade

A juventude dos anos 1980 – influenciada pela cultura moderna e que abraçava um ideal coletivo de construir um mundo melhor – foi substituída por uma geração marcada pela cultura pós-moderna, mais preocupada com a subjetividade, com suas necessidades pessoais e com seus sentimentos.

Em sua origem, a cultura moderna foi fortemente influenciada pelos iluministas. Estes argumentavam que os fatores não-racionais eram causadores da miséria e da pobreza e que o progresso da humanidade dependia da capacidade da razão humana descobrir as verdades universais capazes de construir um mundo novo. Os pensadores pós-modernos criticam esta exaltação da razão.

As pessoas possuem necessidades mais profundas que não encontram
resposta somente na razão e na ciência.

O conteúdo deste módulo foi baseado no texto de Padre Jorge Boran, Liciana Caneschi e Diana
Fernandes dos Santos.



A volta do Sagrado

No contexto da modernidade, falava-se da “morte de Deus”. Na chamada pós-modernidade há uma surpreendente abertura para o transcendente e o sagrado. A crise de valores trazida pelo secularismo provocou uma volta à religião.
Existe a busca de espiritualidades que dêem sentido à existência, ajudem a resolver problemas concretos, tomar decisões e enfrentar situações difíceis da vida.
A razão deve deixar espaço para as emoções, a imaginação e a fé.
A tendência de acentuar o subjetivismo e a emoção dentro da cultura pósmoderna encontra forte penetração no meio da juventude e levanta questões importantes referentes à metodologia do trabalho pastoral.
Não podemos reduzir as estratégias pastorais ao nível dos sentimentos. A mensagem do Evangelho precisa ser apresentada com respostas para todas as dimensões da vida do jovem. A formação deve ser integral e integradora.
Existe a necessidade de restabelecer o equilíbrio entre a razão, as emoções, a afetividade, a espiritualidade; na relação consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com Deus.
A absolutização das emoções leva a um esvaziamento de sentido da vida, enfraquece o aspecto intelectual, o compromisso transformador e a consciência crítica. Conduz ao imediatismo e à superficialidade.
“A juventude de hoje é tão idealista e generosa como antes. Basta saber trabalhar com ela, motivá-la a romper a armadura do individualismo que mantém sufocado este núcleo de energia divina que está dentro de cada ser jovem e que o leva a sair de si e ir ao encontro do outro com os braços estendidos” (Jorge Boran).

Atividade

Leitura: Leia o texto integral “Pastorais e Movimentos de Evangelização da
Juventude: Caminhos para outro mundo possível”, de Jorge Boran, Liciana
Aparecida Caneschi e Diana Fernandes dos Santos

Prática: Converse com algumas pessoas de diferentes gerações e procure descobrir diferenças culturais marcantes entre elas. Compare o que você ouviu com o texto que você leu. Depois responda: Que mudanças metodológicas são necessárias para que o trabalho de evangelização dos jovens de hoje seja bem sucedido?

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